Fettuccine
O fettuccine é uma massa que eu gosto muito.
Massa fresca, com ovos, huuumm... Talvez porque isso me faz lembrar a minha infância, quando mi abuela preparava uma vez por semana massa fresca na sua famosa e antiga máquina de fazer macarrão.
A abuela não tinha nada de italiana. Muito pelo contrário: era espanhola de naturalidade -- nasceu no ano de 1902 em Málaga, cidade da região de Andaluzia --, mas como ela sempre dizia "soy brasileña de corazón", pois chegou na terra brasilis com apenas 4 anos de idade, vinda num navio com a família (pai, mãe e Francisco, o Paco, seu irmão qutro anos mais velho) em busca de uma vida melhor, ideal perseguido por quase todos os imgrantes que chegaram no início do século no Brasil.
Lembro que tinha 5 ou 6 anos de idade e a abuela uns 75. Sentava-me na cadeira e debruçava-me sobre a mesa da cozinha que era revestida em fórmica (com delicados motivos floreais de cor verde, laranja e amarela) e ficava lá observando, com olhos curiosos, todo o procedimento: a limpeza e a montagem da máquina de macarrão, a fontana de farinha de trigo com o buraco no meio, os ovos, a água, os movimentos que ela fazia com as mãos até a massa ficar completamente homogênea... a separação da massa em pequenas bolas e a passagem da mesma na máquina -- primeiro no cilindro liso quantas vezes fosse necessária para dar a espessura desejada e depois nos outros cilindros para o tipo de massa desejada (ela tinha o de fazer espaguete e o de fazer talhatele). Depois, ela preparava a superfície da mesa com farinha e acomodava ali os fios já prontos, para depois enrolá-los (ninhos) e guardá-los dentro de um saco de papel (o mesmo do pão) em local fresco e ventilado para que secassem naturalmente. Era um verdadeiro ritual.
Dois ou três dias depois, ela preparava a macarronada com um delicioso molho bolonhesa -- almoço esse que acontecia todos os domingos --, reunindo a família e os netos. Não faltava o antipasto de pimentões assados (que se transformava numa saladinha com tomate, azeitonas pretas grandes, cebola, azeite de oliva português e muito orégano) e o frango inteiro frito no caldeirão, crocante, crocante...
Aqui na Itália, as massas preparadas em casa são ainda hoje uma tradição em muitas famílias e isso me traz um pouco de nostalgia. Que saudades!
Posso dizer com todo o respeito que a abuela preparava verdadeiras delícias na cozinha e não ficava atrás de nenhuma italiana(o). E um pouco dessa "sabedoria culinária" foi passada de geração à geração. Minha mãe é uma ótima cozinheira, pena que hoje lhe faltem forças.
Eu herdei um bocadinho também, mas ainda estou longe de ser como a abuela. Quem sabe daqui há alguns anos... :-)
Massa fresca, com ovos, huuumm... Talvez porque isso me faz lembrar a minha infância, quando mi abuela preparava uma vez por semana massa fresca na sua famosa e antiga máquina de fazer macarrão.
A abuela não tinha nada de italiana. Muito pelo contrário: era espanhola de naturalidade -- nasceu no ano de 1902 em Málaga, cidade da região de Andaluzia --, mas como ela sempre dizia "soy brasileña de corazón", pois chegou na terra brasilis com apenas 4 anos de idade, vinda num navio com a família (pai, mãe e Francisco, o Paco, seu irmão qutro anos mais velho) em busca de uma vida melhor, ideal perseguido por quase todos os imgrantes que chegaram no início do século no Brasil.

Dois ou três dias depois, ela preparava a macarronada com um delicioso molho bolonhesa -- almoço esse que acontecia todos os domingos --, reunindo a família e os netos. Não faltava o antipasto de pimentões assados (que se transformava numa saladinha com tomate, azeitonas pretas grandes, cebola, azeite de oliva português e muito orégano) e o frango inteiro frito no caldeirão, crocante, crocante...
Fritada de Fettuccine
Porções: 4
Ingredientes
- 500 g de macarrão fettuccine (pode ser espaguete)
- 200 ml de leite
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
- ½ cebola picada
- 200 g de farinha de rosca
- 1 ovo
- 1 colher (sopa) de margarina
- 300 g de molho de tomate
- queijo parmesão ralado fresco a gosto
- sal a gosto
Preparo
Cozinhe a pasta em abundante água fervendo salgada, até ficar al dente. Escorra bem. Reserve.
Faça um molho bechamel bem grosso, misturando a cebola, a farinha de trigo, o leite e a margarina.
Depois de pronto o molho, misture-o muito bem com a pasta num recipiente e guarde-o na geladeira até o dia seguinte (pressione bem antes de colocar na geladeira, para fcar achatado).
Retire a pasta da geladeira e corte-a em pedaços grandes, passe-os na farinha de rosca, no ovo batido e frite em óleo bem quente até dourar. Retire-os e deixe escorrer o excesso de gordura em papel toalha. Reserve.
Faça um suculento molho de tomates. Corte os pedaços em fatias e cubra-os com o molho, polvilhando queijo por cima.
Porções: 4
Ingredientes
- 500 g de macarrão fettuccine (pode ser espaguete)
- 200 ml de leite
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
- ½ cebola picada
- 200 g de farinha de rosca
- 1 ovo
- 1 colher (sopa) de margarina
- 300 g de molho de tomate
- queijo parmesão ralado fresco a gosto
- sal a gosto
Preparo
Cozinhe a pasta em abundante água fervendo salgada, até ficar al dente. Escorra bem. Reserve.
Faça um molho bechamel bem grosso, misturando a cebola, a farinha de trigo, o leite e a margarina.
Depois de pronto o molho, misture-o muito bem com a pasta num recipiente e guarde-o na geladeira até o dia seguinte (pressione bem antes de colocar na geladeira, para fcar achatado).
Retire a pasta da geladeira e corte-a em pedaços grandes, passe-os na farinha de rosca, no ovo batido e frite em óleo bem quente até dourar. Retire-os e deixe escorrer o excesso de gordura em papel toalha. Reserve.
Faça um suculento molho de tomates. Corte os pedaços em fatias e cubra-os com o molho, polvilhando queijo por cima.
Aqui na Itália, as massas preparadas em casa são ainda hoje uma tradição em muitas famílias e isso me traz um pouco de nostalgia. Que saudades!
Posso dizer com todo o respeito que a abuela preparava verdadeiras delícias na cozinha e não ficava atrás de nenhuma italiana(o). E um pouco dessa "sabedoria culinária" foi passada de geração à geração. Minha mãe é uma ótima cozinheira, pena que hoje lhe faltem forças.
Eu herdei um bocadinho também, mas ainda estou longe de ser como a abuela. Quem sabe daqui há alguns anos... :-)
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