<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5568562\x26blogName\x3d%7B+Frugal,+mas+nem+tanto!+%7D\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://frugal.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://frugal.blogspot.com/\x26vt\x3d6135563034638519037', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

12.9.05

Leituras gastronômicas #3

Resistência culinária
por Breno Raigorodsky

O que um livro escrito em italiano, que acaba de sair na Itália, pode ser tão urgente para quem se interessa pela gastronomia no Brasil? Tudo, se o leitor está engajado na luta pela recolha da cultura gastronômica que se esvai a cada velhinha que morre nos canfundós de Goiás, em Ourinhos ou Tietê, levando para o túmulo aquela receita única, daquela mistura cujo gosto você nunca mais vai experimentar.

Tudo, se o leitor é daqueles que precisam de exemplo para transformar sua passividade perante a mesmice da comida pasteurizada em ação enérgica a favor dos produtores e a favor de quem vê comida como cultura.

O herói do livro -- condecorado até pela revista americana Time, que lhe deu o título de um dos Heróis Europeus de 2004 -- é Carlo Petrini, fundador e presidente do movimento Slow Food, órgão aglutinador nascido em 1989 e que não pára de crescer e aprofundar sua resistência, redescobrindo todos os passos que levaram a humanidade à atual Geléia Geral.

Num papo descontraído, Petrini conta para seu colega Gigi Padovani, jornalista e crítico gastronômico do jornal "La Stampa", como a coisa foi crescendo, quais as suas principais influências e reflexões. Conta como o caldo cultural-gastronômico foi engrossando desde os primórdios daquele grupo -- que vai por de pé a primeira liga, a Arcigola, em 1986 (três anos depois, em Paris, a liga muda de nome para Slow Food) --, até o recentíssimo encontro de Turim, em fins de outubro de 2004, conhecido pelo nome de Terra Madre. É uma conversa que localiza os mentores do movimento, como o decano Luigi Veronelli, escritor e editor da revista italiana "Gastronomo" e que, na década de 50, forjou a imagem do gastrônomo moderno, e os apoiadores de rota, como o teatrólogo italiano Dario Fó.

Não perca o prefácio. Ele está a cargo de uma das principais figuras dos princípios ecológicos modernos aplicados à produção alimentar, a indiana Vandana Shiva. Ela é conhecidíssima a partir da luta inédita pela conquista dos direitos autorais sobre o arroz basmati, usurpado pela gigante americana Rice Tec, que se arvorou a aparecer no mercado pretendendo ter descoberto um novo tipo de grão, que pede um novo preparo, quando nada mais fez a não ser copiar a fórmula do Vale do Doon, na Índia.

Graças a gente como eles, a comida está sendo levada mais a sério no mundo inteiro.


Assunto(s) relacionado(s):
+ Slow food

0 colherada(s) em «Leituras gastronômicas #3»


Postar um comentário



« Página inicial